Guiñazu x Conca: após marcação do vascaíno, tricolor busca a revanche

Não foi à toa que, ao avaliar o confronto da primeira fase do Carioca entre Fluminense e Vasco, Renato Gaúcho fez a seguinte frase:   
– Conca não jogou mal, foi muito bem marcado pelo Guiñazu.   
 
No 1 a 1 de 16 de março, no Maracanã,  o vascaíno fez o que se espera dele: anulou a principal força do rival, com desarmes e antecipações. E o tricolor, sem espaço, não conseguiu comandar seu time, como fizera até então. O clássico desta quinta-feira, o primeiro de dois que apontarão um dos finalistas do estadual, portanto, tem um quê de tira-teima argentino.   
 
São quatro assistências e quatro gols em 13 jogos. Conca é protagonista do Flu no estadual. Vive, porém, em queda de rendimento. Na partida em questão, por exemplo, sequer conseguiu concluir a gol. Foi até substituído, algo raro. Tem ficado sobrecarregado até porque os adversários identificaram a forma de a equipe de Renato atuar. Uma alternativa, levantada por Wagner, o substituto do gringo, é que a dupla atue junta. Mas não haverá mudança imediata – e o técnico desconversa sobre o tema. Prefere exaltar as qualidades do camisa 11.   
 
– Conca dá bastante tranquilidade ao treinador pois é quem desequilibra. É um craque. Ele se adaptou muito bem ao futebol brasileiro e fico até surpreso por ele não estar na seleção da Argentina. Qualquer treinador gostaria de trabalhar com ele. É muito inteligente e saberá sair da marcação – disse o técnico.
 
Conca e Guinazu, Fluminense x Vasco (Foto: Nelson Perez/Fluminense FC)
 

Guiñazu chegou ao Brasil em 2007 para defender o Internacional – mesmo ano de Conca, contratado à época pelo Vasco. Se este teve rápida adaptação (titular e logo depois capitão colorado), o compatriota… só foi jogar no segundo semestre no Vasco e, após ser banco no vice da Libertadores de 2008, virou protagonista do Flu em 2010. Ano em que o volante ganhou a América pelo Inter, ano em que o meia levantou o Brasileirão pelo Tricolor. Os dois, agora, são referências à torcida, mas Conca está à frente: é ídolo tricolor.   

E não param aí as diferenças. Na seleção, o apoiador só tem participações no sub-20. Guiñazu soma 16 partidas pela principal. Ele é o jogador do desarme, que também comete muitas faltas – Conca, por sua vez, é o técnico, cerebral. O camisa 5 cruz-maltino não tem nenhum gol no Carioca, tampouco assistência. É um operário do time, mas com posto de capitão. Atuou em 11 partidas, levou cinco amarelos e soma uma suspensão. A sua proteção à defesa surte resultado, afinal, Rodrigo e Luan forma a zaga menos vazada da competição: 11 gols sofridos em 15 partidas. Um recomeço, afinal, em 2013, disputou apenas cinco partidas, resultado de uma grave lesão na coxa direita. E gosta de conversar. Concede entrevistas. Seu compatriota pouco fala.

– É o tipo de jogador que pensa, que cria, que chega, que tem uma jogada diferente, que pode te dificultar, quebrar um sistema. Sempre alerto, cobro, explico… Mas aí entra o talento deles e te desmonta. Apesar disso, acho importante marcar por setor – resume Adilson Batista.   

Fonte: Globo.com

 
 
  
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