Confira entrevista com o candidato à presidência do Vasco Roberto Monteiro

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ELEIÇÕES NO VASCO 
 
ROBERTO MONTEIRO, CANDIDATO À PRESIDÊNCIA, NEGA SEU ENVOLVIMENTO NO “MENSALÃO VASCAÍNO” E AVISA À NELSON ROCHA: ” ELE É QUE DEVERIA EXPLICAR SUAS CONTAS À TORCIDA DO VASCO EM VEZ DE “JOGAR FUMAÇA” NOS OLHOS DA TORCIDA.” 
 
1. Consta que neste processo eleitoral conturbado, no Vasco, exista a prática do pagamento de sócios com o intuito de votar em dois candidatos: Você e Eurico Miranda. No que tange à sua candidatura, isto existe? Se existe, qual é o número destes sócios que estão sendo pagos? 
 
Não adotamos esse tipo de conduta. É incorreta e condenável a prática de oferecer remuneração em troca de apoio nas eleições. De nossa parte, houve um amplo incentivo à adesão de novos sócios, de pessoas que têm identidade com o Vasco e querem renovar o clube. Foi com esse objetivo que fizemos campanha em outdoors e na imprensa. Jamais oferecemos pagamento para atrair sócios. 
 
2. Caso seja verdadeira esta situação, você, como político que o é (já ocupou a cadeira de vereador, na “casa” da Cinelândia, e, embora não tenha conseguido se reeleger, teve uma expressiva votação no último pleito), sabe que isto é considerado como crime eleitoral. Nas eleições, em clubes, mesmo não sendo configurado como crime, você vê, tal prática, como imoral? 
 
Antes de mais nada, se a prática existe de fato, é preciso saber quem está pagando e com que intuito. 
 
3. O ex-dirigente Nelson Rocha entrou, no MP com uma notícia crime, contra você e contra Eurico Miranda, em face deste chamado “mensalão vascaíno”. Se for acolhida esta notícia crime, pelo Ministério Público do Rio, qual será sua linha de defesa? 
 
Não estou preocupado com isso. O ex-dirigente é que deveria explicar suas contas à torcida do Vasco, em vez de jogar fumaça nos olhos da torcida. 
 
4. Olavo Monteiro de Carvalho nada decidiu sobre a lista de votantes para o pleito deste ano e nem uma nova reunião da Comissão Eleitoral ainda tem data marcada. Nós sabemos que, no dia 11 de agosto, o Vasco terá que ver sentado, na sua cadeira presidencial, um novo presidente ou verá o atual com seu mandato prorrogado. Numa terceira situação (esta denegrirá, ainda mais, a imagem atual do clube), um interventor estará comandando o clube. Qual sua opinião sobre este quadro de incerteza referente ao futuro vascaíno? 
 
A melhor pessoa para responder à pergunta é o próprio Olavo. Da minha parte, espero que essa situação se resolva o quanto antes, respeitando-se as normas do Estatuto do Vasco. A transição precisa ser feita de forma transparente e democrática, de forma a não viciar o processo. 
 
5. Nós sabemos ser a formação da chapa, a maior dificuldade para um candidato que não tenha tradição político-eleitoral, num clube. Sua chapa já está inteiramente pronta, de acordo com o que determina o estatuto, muito embora você, ainda, tenha tempo para formá-la? 
 
A formação da chapa com essa antecedência serve para dar clareza às propostas do nosso grupo. Ela permite que os sócios e torcedores conheçam nossas ideias e possam debater o melhor futuro para o Vasco. Em eleições, o fator surpresa na formação de chapas é ruim, porque abre espaço para pessoas com forte rejeição no clube. Além disso, evitamos barganhas por cargos. 
 
6. Você tem viajando ao interior do Estado, para angariar apoio entre os vascaínos que não são da capital. Ninguém viaja para fazer campanha se não vislumbrar ganho político nesta(s) viagem(ens). Para onde você tem ido e você acredita trazer sócios, de fora da nossa cidade, para votar em você?
 
Estou percorrendo o estado para conversar com sócios e mostrar nosso programa de gestão. Estamos nos apresentando aos eleitores para ouvir suas reivindicações, suas queixas e propostas. Isso agrega ideias e ajuda a fortalecer nosso projeto. É preciso dar voz aos sócios e aos torcedores. 
 
7. Quais são os nomes vascaínos “de peso” que, confirmadamente, apoiam você? 
 
Prefiro não citar nomes. Procuramos pessoas de todas as correntes políticas dentro do clube, capazes de agregar apoios e que compartilhem das nossas propostas. Todas têm peso dentro do Vasco. Elas participam das reuniões e são fundamentais na consolidação da nossa proposta de renovar a gestão do clube. 
 
8. O grupo formado pelo ex-presidente da OAB-RJ, Wadih Damous, pelo candidato à governador, Lindberg Farias, pelo atual presidente da Ordem, no Rio, Felipe Santa Cruz, que já esteve junto na tentativa de reelegê-lo, na Câmara dos Vereadores, e que esteve unido nas eleições passadas para a Ordem dos Advogados do Rio de Janeiro, é seu grande trunfo e seguirá junto na campanha visando o Governo do Estado? 
 
O nosso grande trunfo é a unidade do grupo, do mais humilde torcedor ao sócio mais influente. A pariticipação de cada um é decisiva neste processo. Buscamos, é claro, o apoio do governador,
do prefeito e do senador para ajudar a construir uma gestão vitoriosa no Vasco. 
 
9. Por falar em Lindberg, todos nós sabemos que Roberto Dinamite teve apoio do atual governador, Sérgio Cabral; se Lindberg vencer a eleição estadual e você o pleito, em São Januário, o que esperar do candidato petista em auxílio à sua administração? 
 
Será uma relação institucional muito propositiva, voltada para a reconstrução do Vasco. Teremos um excelente canal de diálogo para alcançar este objetivo. Mas qualquer que seja o vitorioso nas eleições estaduais, vamos buscar essa relação construtiva, que nos ajude a reerguer o Vasco. 
 
10. Como você analisa a candidatura Eurico Miranda e uma provavel candidatura de Fernando Horta ou de Jorge Salgado. Quem seria seu verdadeiro adversário e por que? 
 
Todos têm o direito de pleitear a presidência do Vasco. Mas não acho razoável lançar a campanha na última hora. Como disse antes, as propostas precisam ser apresentadas de forma transparente para sócios e torcedores. Quanto antes isso for feito, melhor para o clube. No caso de Eurico, nossas divergências são muito claras. O nosso lema é justamente “mudar sem retroceder”. 
 
11. Qual é o caminho para “desatolar” o Vasco que vive “atolado” num lamaçal de dívidas? 
 
A palavra chave é profissionalização. Vamos criar um comitê gestor com profissionais qualificados para sanar as finanças e reorganizar os pagamentos. As dívidas do clube hoje estão próximas de R$ 600 milhões, contando obrigações trabalhistas e previdenciárias, débito com fornecedores etc. Queremos renegociar os valores e os prazos de pagamento. Também vamos criar metas de gestão para equilibrar as finanças. 
 
12. E o futebol, de uma forma particular, será totalmente profissionalizado ou entregue à alguém de sua confiança e integrante da parceria que apoia a sua candidatura, como os presidentes vitoriosos costumam fazer? 
 
Como disse antes, a gestão será profissional. O futebol terá pessoal capacitado administrar o imenso desafio que nos aguarda. Vamos buscar ainda a qualificação de funcionários; a integração do clube como um todo, através de planejamento estratégico; a criação de ouvidoria interna e externa, com total transparência para sócios e torcedores, entre outros. Além, é claro, da contratação de jogadores de prestígio que possam ajudar o clube a voltar à rotina gloriosa de vitórias e conquistas. 
 
TERMINOU, desta forma, o candidato Roberto Monteiro 
 
Fonte: Revista CapA-A-CapA Esportes/Facebook Olho Vivo RJ
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