Coronel do Exército, candidato à presidência do Vasco pede paz entre forças do clube e culpa política por crise

Tadeu ao lado de Dinamite: candidato é de apoio do presidente, mas diz ser independente / Marcelo Sadio/vasco.com.br

O Vasco conheceu na noite da última terça-feira mais um candidato à presidência do clube. O concorrente, que entra na disputa com Eurico Miranda, Roberto Monteiro e Nelson Rocha (até agora), é o coronel da reserva Tadeu Correia, 60 anos, atual vice-presidente do Infanto-Juvenil do Vasco. Correia, que foi escolhido em reunião do grupo chamado “Conselheiros Voluntários”.

Apesar de fazer parte da base de apoio de Roberto Dinamite, que não será candidato, Correia garante que não representa a situação. “Somos independentes. Eu me considero um candidato desse grupo de conselheiros”, diz o dirigente ao Portal da Band. Ele pede paz na política para o clube superar a crise que marcou grande parte da gestão Dinamite.

“O grande problema é que a política do Vasco destrói o clube. Tinham que dar uma parada e refletir. As pessoas não são inimigas, elas amam o clube. É preciso ter uma trégua nessa briga e começar a buscar a harmoniza. Essa falta de harmonia é que colocou o Vasco nessa situação”, analisa Correia, antes de completar: “Eu que sou militar sei da importância da paz”.

“Na hora do barco afundar, o último a sair é o comandante. Se saltam antes e não tentam ajudar, a probabilidade de afundar é maior”, declarou, sem citar nomes, no que soa como uma crítica aos ex-aliados de Dinamite.

Correia se diz surpreso com a indicação. “Fomos para a reunião sem saber quem seria o candidato. Eu nem esperava ser escolhido”, diz. Havia apenas um postulante, no caso o conselheiro Jayme Lisboa. Mas, segundo Correia, os conselheiros pediram por sua indicação.

“Historicamente, quando um candidato se lança, é ele que que forma sua base. Comigo aconteceu o inverso: a base é que procurou um nome para representá-la. Considero isso, e não são minhas palavras, um marco histórico no Vasco”, afirma.

Eleições em novembro

Sobre a data para as eleições, ainda indefinida, Correia diz que vai debater com seu grupo para marcar posição. Mas afirma que prefere uma votação em novembro, para evitar problemas com o planejamento do clube. “Uma hora temos que consertar isso”, diz.

A questão mexe com uma das polêmicas eleitorais do Vasco, já que estariam em jogo as associações em massa ocorridas – pouco mais de três mil – em abril do ano passado. O caso, que é chamado internamente de “mensalão do Vasco” e foi denunciado pelo site “Globoesporte.com”, pode decidir a eleição na Colina, dependendo de quem esteja por trás da mobilização. Se o pleito acontecer após abril, todos os novos sócios estarão aptos a votar.

“Somos pela legalidade, e estatutariamente as eleições devem acontecer em novembro. Mas ainda vamos debater isso”, diz.

“Feudos” na Colina

Recém-lançado, Correia evita falar em planos detalhadamente. Mas resume o que defende. “O Vasco precisa de transparência, princípios e valores. O clube tem que entrar no ramo da gestão estratégica, o que viabilizaria um presidente”, afirma Correia, que pensa na criação de uma área de projetos ligada ao mandatário. “Assim o presidente saberá tudo que está ocorrendo em cada setor. Hoje no Vasco cada vice-presidência é um feudo”, afirmou.

O coronel, a princípio, diz que não pensa em abrir da candidatura no futuro, mas deixa aberta a possibilidade de apoiar outro nome, dependendo das circunstâncias. “Tudo pode acontecer”, declarou.

Fonte: BAND.com.br

Notícia anteriorBarbio não treina de tarde e fará ressonância nesta quinta-feira
Próxima NotíciaEmpresa articula despedida de Juninho no Vasco para depois da Copa do Mundo