O Tricolor não mandou representante ao pleito. O assessor especial da presidência Marcelo Penha, que também que também é membro da comissão eleitoral da entidade, não compareceu. O diretor jurídico Bernardo Accioly e o advogado Fernando Lamar representaram Flamengo e Vasco respectivamente. Presidente do Botafogo, Maurício Assumpção também marcou presença. Foi dele, inclusive, o pedido pela eleição de Rubens Lopes por aclamação.
Apesar do clima desconfortável por conta do racha às vésperas da sessão, a sessão transcorreu tranquilamente. Lopes continuará tendo como vice-presidente geral José Luiz Martinelli. A eleição determinou todos os vices e também membros de suplentes do Conselho Fiscal da entidade.
Na nota oficial emitida pelos clubes há referências à falta de transparência, pedindo a divulgação do estatuto da entidade no site oficial, convocação de eleições com “calendário claro, que permita a formação de chapas, discussão de propostas”, e publicação de balancetes trimestrais. Os clubes pedem ainda a discussão do orçamento da Ferj com participação obrigatória dos quatro grandes, que também deveriam poder, segundo a nota oficial, indicar membros do Conselho Fiscal.
Mesmo por telefone a Ferj não informou os nomes dos integrantes da chapa única para a eleição antes do pleito, tampouco forneceu os capítulos do estatuto que tratam do tema, se limitando a publicar as regras para homologação de chapas previstas no artigo 32 em seu site oficial.
No sistema eleitoral da Ferj, clubes das Séries A, B e C de profissionais, além de amadores da capital e ligas municipais, têm direito a voto. Para homologação das chapas, é necessário o apoio formal de três integrantes de cada uma das categorias. Como somente Flamengo e Fluminense não assinaram apoio à chapa “União do Rio de Janeiro” tornou-se impossível a inscrição de chapas concorrentes. O peso do voto de um clube da Série A é seis; da Série B, quatro; da C, peso dois; ligas e clubes amadores da capital têm voto peso um.
Quando assumiu a Ferj, em 2007, o atual presidente também foi eleito por aclamação, mas em situação bastante distinta. Na ocasião, a atual diretoria lutava para barrar uma intervenção do Ministério Público e o pleito chegou a ser “invadido” por um delegado e escolta policial, além do então interventor nomeado pela Justiça, Hekel Raposo, que apreendeu as cédulas de votação.
Havia duas chapas inscritas, a de Lopes e a de José Luiz Martinelli, hoje vice-presidente da Ferj. A pedido de Eurico Miranda, então presidente do Vasco e aliado de Lopes, Martinelli retirou sua chapa na ocasião e permitiu a eleição por aclamação, já que não havia cédulas. Outro que integrou a mesa na eleição em 2007 foi o então mediador José Teixeira Fernandes, que convocou a eleição na época em meio a uma confusão jurídica e hoje é presidente do Tribunal de Justiça Desportiva do Rio (TJD-RJ).
Ex-presidente do Conselho Fiscal do Flamengo, Leonardo Ribeiro tenta a reeleição para a presidência do Conselho Fiscal da Ferj. Ele foi à reunião acompanhado do antigo secretário geral do conselho fiscal do Flamengo, Julio Cesar Barros, e de Gonçalo Veronese, membro da oposição no conselho atual.
Fonte: GloboEsporte.com