As manifestações começaram após o gol do Bonsucesso. Mas foi após o apito final no empate em 1 a 1 que a torcida do Vasco perdeu a paciência. Sobrou para o técnico Adilson Batista, principal alvo dos cruz-maltinos na noite do último sábado. Depois de ouvir vaias e diversos xingamentos vindos das arquibancadas, o comandante mostrou tranquilidade na entrevista coletiva. Se disse até acostumado ao que considera ‘parte da cultura do futebol brasileiro’.
Mas Adilson também fez questão de se defender. No comando do Vasco desde o fim de outubro de 2013, o treinador citou o trabalho no dia a dia e garantiu que sabe o que está fazendo. Para ele, aliás, as vaias não se justificam por completo. Na visão do comandante, o Cruz-Maltino fez uma ótima partida contra o Bonsucesso por mais que o resultado final não tenha sido o esperado. No total, já são cinco tropeços contra equipes de menor investimento: quatro empates, uma derrota e onze pontos perdidos.
– Já estou acostumado com essa situação. Aliás, eu e vários outros treinadores. Muita gente já foi criticada, faz parte da nossa cultura. Tenho que ter calma nesse momento. Discordo de algumas coisas, de alguns gostos. E eu estou no dia a dia, vivencio o trabalho e sei o que estou fazendo. Fizemos um ótimo jogo, mas é claro que o resultado não nos deixou satisfeitos. Temos que relevar. Nós agimos com a razão – frisou Adilson, se referindo ao fato de que os torcedores agem com a emoção ao vaiar o time ou seu comandante após um resultado indesejado.
Apesar das vaias, o Vasco está muito perto de confirmar sua classificação para a semifinal do Campeonato Carioca. Com 25 pontos e na terceira colocação, a equipe pode até garantir a vaga neste domingo dependendo dos outros resultados da rodada. O elenco ganhou dois dias de folga e se reapresenta na próxima terça-feira, em São Januário. O time volta a campo no dia 16 de março para enfrentar o Fluminense, no Maracanã, pela 14ª rodada do estadual.
Fonte: Globo.com