Suspensa dos estádios, a Força Jovem burlou a punição no intervalo do jogo entre Vasco e Resende, ao exibir na arquibancada de São Januário uma bandeira com um “F” da facção organizada em São Januário. Sob protestos de parte dos 4.535 presentes, a bandeira acabou sendo retirada. Questionado sobre o descumprimento da ordem judicial, o comandante do Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (Gepe), tenente-coronel João Fiorentini, disse que a bandeira não passou pela portão do Clube .
— São Januário tem um problema, pois existe uma sala, um depósito, onde as organizadas guardam seu material. Como não temos ordem de apreensão, alguém pode ter ido à sala no intervalo e buscado o material — afirmou Fiorentini.
O comandante disse que o Vasco, único clube que tem estádio próprio, ainda mantém as salas por um resquício de uma prática antiga. O Maracanã, nos anos 90, também tinha salas de torcidas de todos os times, porque facilitavam as revistas dos materiais das torcidas e a entrada dos torcedores.
A diretoria do Vasco afirma ter outros projetos para as salas e que, assim que a polícia achar por bem fechá-las, o clube acatará a determinação.
— Estamos em ano eleitoral e temos que tomar muito cuidado com qualquer tipo de manifestação. O Vasco é contra a violência e sempre colabora com a polícia. Se ela decidir pelo fechamento, nós fecharemos — afirmou o presidente Roberto Dinamite.
Pedido de apoio
Enquanto a PM e o clube discutem as questões de segurança dos torcedores, os jogadores pedem para que apoio ao time.
— Tudo que acontece de negativo fora de campo pode ser que afete o público nos jogos. Espero que nossa torcida não deixe de vir por isso. Acredito, que no sábado, vamos ter um público maior. Estamos apresentando um bom futebol e precisamos do apoio do torcedor — disse o zagueiro Rodrigo.
O Vasco enfrentará o Bonsucesso, sábado, às 18h30m, em São Januário.