Vaia. Talvez esta seja a palavra que mais esteve na cabeça de Fellipe Bastos nos últimos tempos. Entre todos os jogadores do elenco do Vasco, é o camisa 6 que ganhou o rótulo de “cristo” por parte dos torcedores. Isso incomoda? Se fosse antigamente, sim. Mas o volante garante que vive outros tempos e, hoje, aprende com elas.
Homem de confiança do técnico Adilson Batista, Bastos foi titular em oito, dos nove jogos do Cruz-Maltino no Campeonato Carioca. Só ficou fora quando foi poupado. Nas duas últimas partidas, não foi vaiado e ainda fez gol no clássico contra o Flamengo. Aos poucos, vai deixando de lado o rótulo negativo e ficando em paz na Colina.
– Me apoiei muito no trabalho. Se tenho alguma deficiência, vou treinar para que os erros não voltem a acontecer. Fico sempre bem ligado no que vocês (imprensa) estão falando também. Já me deixei abater muito pelo que escuto de ruim, mas agora estou me energizando e filtrando pelo lado bom para aprender – comentou.
Um dos grandes incentivadores de Bastos, Adilson faz questão de ressaltar a confiança que tem nele.
– Eu disse a ele que não precisa dar satisfação, nem se importar com esse ou aquele comentário. Não pode se preocupar com coisas externas. É um jogador qualificado, tem potencial, e estamos trabalhando algumas coisas para que ele evolua. É jovem ainda, mas confiamos bastante nele – disse.
Amanhã, Bastos estará em campo. E em São Januário. Um ótimo teste para “energizar” coisas boas.
MAIS ANTIGO DO ELENCO
Apesar de ter apenas 24 anos, Fellipe Bastos pode ser considerado um “experiente” no elenco do Vasco. Isso porque, entre todos os jogadores, ele é o que está há mais tempo do clube. O volante chegou a São Januário durante a Copa do Mundo de 2010 e, desde então, viu muitas coisas acontecerem na Colina.
Durante este período, viu o elenco que, em 2011, foi campeão da Copa do Brasil e vice-campeão brasileiro, ser montado e desmontado. Acompanhou tempos de glória e ruins, como na temporada passada. Mas para a “sorte” dele, acabou sendo emprestado para a Ponte Preta no segundo semestre e não esteve no grupo que foi rebaixado para a Série B do Brasileiro.
Fonte: Lance