A tempestade da queda para a Segunda Divisão provocou mudanças no organograma de poder do Vasco. Dos cinco diretores executivos de São Januário, apenas dois vão emplacar a temporada de 2014 no clube. Da lista de pedidos de demissões, sobreviveu o diretor-geral Cristiano Koehler, que teve redução salarial próxima à metade do que recebia, e o diretor de finanças Jorge Almeida. O novo modelo de gestão na diretoria ainda está sob apuração, mas prevê chegadas de novos gestores para substituições em duas áreas estratégicas: no departamento jurídico e no marketing.
No jurídico, Gustavo Pinheiro decidiu retornar ao Rio Grande do Sul. Ele fica até o fim de março e já está em fase de transição. Outro gaúcho, Miguel Gomes, de Planejamento, além de Henry Canfield, do marketing, saem no fim desse mês. Antes concentrado nas mãos de Koehler, as decisões e iniciativas estão sendo divididas com os novos vice-presidentes. Com o auxílio de Pinheiro, Roberto Duque Estrada, vice-jurídico, sondou Joana Prado, diretora jurídica do Botafogo, mas não obteve sucesso. Também do Alvinegro, Marcelo Guimarães, agradeceu o interesse, mas declinou da oferta vascaína.
O novo vice-presidente de marketing do Vasco, Victor Ferreira, espera contratar um novo gestor o quanto antes. Sem revelar nomes, ele diz que deve receber nova resposta nesta terça-feira.
– Queremos um nome do futebol, por isso estamos sendo muito criteriosos. Nesta terça-feira devemos saber se vamos contar com um novo profissional – disse Ferreira, que reconheceu nas eleições um fator de dificuldade em convencer um gestor a trocar um clube por outro.
Com reclamações de altos custos da diretoria executiva – estima-se salários que, somados, chegavam a R$ 500 mil -, a proposta é uma recomposição obedecendo à lógica de reeducação financeira do Vasco. O clube conta agora com um conselho gestor que pretende contribuir e interferir na administração, em reuniões e ideias para cortas despesas e aumentar receitas.
Fonte: GloboEsporte.com