Juninho Pernambucano encara pela última vez uma pré-temporada como atleta profissional de futebol. Como não poderia ser diferente, o camisa 8 é a estrela do Vasco no reservado período de treinos na cidade de Pinheiral. Apesar da empolgação com a possibilidade de voltar a atuar depois da grave lesão na coxa direita, ele não esconde o desgaste com a concentração e busca alternativas para passar o tempo.
O veterano não abre mão de uma maratona diária na TV com DVDs de séries americanas. Além disso, acessa a internet algumas vezes ao dia para se atualizar sobre as notícias do futebol no Brasil e exterior. Driblar a insônia também é um desafio no período considerado delicado para a maioria dos jogadores.
A série Homeland conta a história de uma oficial de operações da CIA que acredita na mudança de um fuzileiro americano para o lado da rede terrorista Al-Qaeda. Fato que representa um risco significativo na segurança nacional. O seriado foi o escolhido por Juninho para embalar os seus últimos momentos como profissional na pré-temporada.
“Gosto bastante de séries em DVDs e procuro conversar com os companheiros nas refeições. Tenho dificuldade para ficar preso e algumas vezes para dormir na concentração. Também utilizo a internet para ficar ligado no noticiário do futebol no mundo e nas perguntas que vocês [imprensa] podem fazer”, afirmou.
“Existe um alívio pelo sentido de que ficarei menos tempo fora de casa a partir de agora. Mas também é boa a preparação para jogar e fazer o que gosta. O clube poderia ter me agradecido e dizer que acabou, mas deram a oportunidade e não deixa de ser uma gratidão principalmente do Rodrigo Caetano e do presidente Roberto Dinamite. Também fico grato por isso”, completou.
Juninho deixou claro que pode encerrar a carreira até mesmo durante a disputa do Campeonato Carioca. Ele reconheceu a dificuldade na preparação e considera parar antes do dia 30 de maio caso não alcance o desempenho desejado. O camisa 8 ainda não definiu o futuro, mas seguir os passos do holandês Seedorf e fazer carreira no Lyon é uma possibilidade que o agrada bastante.
“Posso seguir esse caminho. Não recebi convite do Lyon para ser técnico, mas recebi situações para voltar sem a função definida, diferente de como o Seedorf foi para o Milan. Existe essa chance, mas não agora. Quero viver a Copa do Mundo como brasileiro e participar de alguma forma. Não me sinto completamente preparado para assumir um time como o Seedorf vai fazer. Se tiver a possibilidade de começar uma nova vida lá com estrutura, como me ofereceram anteriormente, acho que seria interessante”, encerrou.
Fonte: Uol